quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Quinta de série: Supermax






Hoje encerramos o ciclo de 2016 do Quinta de série. O quadro só retornará dia 02 de março de 2017. Até lá, eu e o Thiago vamos ver muitas séries e já preparar o calendário do ano que vem. Para encerrar, falarei de Supermax, exibida na Globo entre setembro e dezembro (o último episódio foi ao ar dia 13). 

A produção contou com 12 episódios, sendo que os 11 primeiros já estavam disponíveis no Globo Play desde setembro. Foi criada por José Alvarenga Jr., Marçal Aquino e Fernando Bonassi e contou com os atores Mariana Ximenes, Erom Cordeiro, Maria Clara Spinelli, Ravel Andrade, Vânia de Brito, Mário César Camargo, Ademir Embroava, Rui Ricardo Dias, Fabiana Gugli, Pedro Bial, Bruno Belarmino, Nicolas Trevijano e Cléo Pires.

A série narra a trajetória de 12 participantes (7 homens e 5 mulheres) de um reality show que acontece em um presídio de segurança máxima desativado, localizado na Floresta Amazônica. No primeiro episódio, já observamos elementos do Big Brother Brasil, inclusive o apresentador do reality é o Pedro Bial. Provas, câmeras, conflitos, segredos dos participantes, tudo é explorado como se estivéssemos vendo um show de entretenimento. 




Para conquistar o prêmio de R$ 2 milhões, Bruna, Sérgio, Sabrina, Luizão, Nando, Janette, Dante, Arthur, Diana, Timóteo, Cecília e José Augusto terão que se conhecer, se aturarem e se enfrentarem em provas complicadas. Cada um deles não está lá por acaso. Todos cometeram algum crime ou tem algum segredo. À cada episódio, conhecemos melhor os personagens, desvendamos seus segredos, torcemos ou tomamos ódio por eles.

Logo no primeiro dia de confinamento, um fato significativo deixa os participantes sem direção. À partir daí, eles terão de lidar com acontecimentos macabros e sobrenaturais que ocorrem no presídio, preservar suas vidas, além de lutar pelos R$ 2 milhões de reais. Não demora muito para perceberem que suas vidas estão em jogo.

Muito sangue na tela, criaturas medonhas, amputações, gritos, ratos, cobras estripadas - entre outros - aparecem em cena, mas nada que assuste de fato. Se eu me assustei uma ou duas vezes assistindo foi muito. 

Para piorar, um dos confinados no quarto episódio colocará os outros em quarentena por conta de um misterioso vírus, sem contar com os que somem e desaparecem.

Por mais que tentem sair do presídio, por meio de túneis, portas e escotilhas, eles se veem em situações piores das que já estão. Eles se deparam com inscrições misteriosas em paredes escritas com sangue e com um misterioso símbolo que remete imediatamente a um deus-demônio da mitologia conhecido como Baal, inclusive um dos participantes, o ex padre Nando, escuta o próprio (Baal) em um quarto de horror.





O que será que Baal tem a ver com os confinados? Será que ele os punirá por conta dos seus segredos e pecados? O 11º episódio é todo um flashback que contará quem é Baal, como foi construído o presídio e a origem do vírus. Na series finale, inicia-se uma guerra entre Baal e os confinados. Será que eles vão escapar vivos da prisão? 


Personagens




Pedro Bial: É o apresentador do reality show, que apresenta as regras do jogo e o prêmio final.




Bruna: enfermeira que cuidava de pacientes em estado terminal. A morte a fascina. Uma das personagens que mais gostava no início, mas que depois se perdeu.  





Sérgio: capitão da polícia militar que foi afastado por um crime que alega não ter cometido.





Sabrina: psicóloga que tem um passado pra lá de conturbado. 





Luizão: ex-lutador de MMA que vive atormentado por problemas no passado e alivia isso por meio da violência e raiva. 





Nando: ex-padre que afirma ter sido afastado injustamente de sua vocação.





Janette: Uma das personagens que fiquei mais surpreso em conhecer seu passado, que foi regado por preconceito, discriminação, miséria e tristeza. Janette é a minha personagem preferida.





Dante: integrante mais jovem do reality. Gosta de seitas obscuras.





Artur: é um ex-jogador de futebol.





Diana: ex-garota de programa que perdeu o marido recentemente.





Doutor Timóteo: médico reformado do Exército que teve problemas na profissão no passado.





Cecília: mulher rica, que perdeu o marido e o filho no passado.





José Augusto: economista que se envolveu com negócios obscuros na política.





Baal: o melhor vilão que você respeita. Tem um passado pra lá de intrigante.


Crítica

A Globo prometeu criar uma série inovadora e com elementos não tão explorados, pelo menos por seu canal: um triller policial que mistura ação, aventura, horror, terror, suspense e romance. Claro que a inovação não foi tão assim, já que vemos elementos fortíssimos de séries como Lost, True Blood, Prison Break, The Walking Dead, American Horror Story, The X-Files, Scream Queens e muitas outras. O que vemos na tela não é novidade, e sim um emaranhado de reciclagens de outros produtos. 

A história do vírus é bem TWD; a prisão é parecida com a de Prison Break; os flashbacks já foram explorados por Lost; e não vai ser difícil achar uma semelhança com a sangrenta American Horror Story e uma maquiagem idêntica a de Scream Queens.




Ao resenhar a série para a Folha de S. Paulo, Nelson de Sá disse que:

"o formato é mesclado e acaba por flagrar a inferioridade –a começar da atuação– do modelo de dramaturgia para TV aberta, no Brasil."


A série também prometeu resolver todos os mistérios levantados. Creio que pelo menos a maioria conseguiu solucionar, mas talvez tenha se perdido quando trouxe flashbacks desconexos dos participantes e preocupou-se em fazer releituras de outras produções. 

Outra crítica foi a de episódios que circulavam no mesmo lugar, sem ter um tom inovador e interessante. A história só começa a ficar realmente boa nos 45 minutos do segundo tempo. Os roteiristas e produtores resolveram correr com a história. Dava pra ser melhor planejado, como trazer o vilão e cenas de sangue, guerra e ação mais cedo. 

Supermax não é de todo ruim. A trama é boa, o elenco de primeira linha e os recursos utilizados foram dignos de cinema ou de séries americanas. Contudo, tiveram esses vários problemas que relatei pra vocês. Espero que Supermax seja a primeira de muitas atrações que entretenham o público e fidelizem adeptos desses gêneros.  


Audiência e repercussão

A exibição na tv aberta ficou um pouco comprometida, não sei se por conta do horário que passava (23h) ou por que a Globo fez que nem a Netflix ao liberar os 11 primeiros episódios no Globo play (Aliás a série Nada será como antes também foi divulgada primeiro na internet). Supermax trouxe uma média de 11,9 pontos de audiência desde sua estreia. Mesmo com isso a rede conseguiu conquistar o público jovem:

"Segundo a emissora, a decisão de produzir e lançar “Supermax” foi “estratégica”, buscando alcançar um público mais jovem. Mesmo prevendo perda de audiência, a Globo contava crescer em algumas faixas etárias – e afirma ter alcançado seu objetivo". (Blog do Mauricio Stycer)


A atração também poderá ganhar uma versão hispânica estrelada por atores latinos. Inclusive, o ator Bruno Gagliasso está cotado para viver uma transexual. 

Pra finalizar, deixo a abertura da série, que tinha o diferencial de em cada episódio mudar a letra da música; a música de abertura na íntegra; e o trailer. A decisão de assistir ou não é de vocês. 

Até depois das férias do QdS! J-J














Por: Emerson Garcia

10 comentários :

  1. Oi Emerson, que loucura essa série. Não tinha ouvido falar ~ e nem sei se é muito o meu gênero de dramaturgia, acho que vou deixar passar, viu? Um abraço!

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  2. Pelo o que entendi, juntou coisas de um monte de série e pá. Foi isso?


    Beijos
    Lua Mariano
    www.meumundodalua.com

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  3. Quando vi a primeira vez achei meio bizarro... não é o meu gênero.

    rasgadojeans.blogspot.com

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  4. Oi, Emerson!
    Confesso que não assisti nenhum episódio, pois não assisto filmes de terror e, portanto, evito produções do gênero. Pelo que vi na internet, muita gente acabou decepcionada com a série, mas sinto que esse foi, pelo menos, um pontapé para que a Globo produza mais séries! Beijinhos, Beatriz.

    O Diário de uma Escritora Iniciante

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    1. Sim. A série começa muito bem e vai se perdendo. Verdade! Pelo menos o objetivo da Globo foi atingido.

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  5. Senti tanta falta de ver suas postagens e comentar!
    Eu quero MUITO ver Supermax! Tipo MUITO.
    Os atores são incriveis e a ideia da Globo de deixar BBB macabro deu certo haha A globo tá se superando nas séries, abrindo mão um pouco da comédia. Estou gostando muito.
    Xoxo
    http://ja-ta-crescida.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Os atores são bons, mas confesso que eles deveriam se destacar mais. Muito potencial guardado. Só quem mandou bem mesmo foi a Janette e a Sabrina.

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  6. Assisti a série numa maratona que teve de madrugada na Globo (não consegui assisti o último). Confesso que foi divertido, e como você disse, a série não é de todo ruim, mas o roteiro é bem confuso. E aquela cena de estupro? Fiquei coisada quando vi (realmente não tenho palavra pra descrever), achei bem desnecessária.

    www.arrasandodeallstar.blogspot.com

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    Respostas
    1. Bem tensa mesmo a cena do estupro com aquele cara com cabeça de javali. Cruzes!

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Obrigado por mostrar seu dom. Volte sempre ;)

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