segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Sim, Késia. Era necessário sim a bomba atômica.

Tropas japonesas entrando em Singapura. | Wikipédia em Português

No último dia 27 de outubro de 2016 foi publicado no Jovem Jornalista um texto sobre um documentário da BBC acerca da bomba atômica jogada no Japão. Não entro no mérito do vídeo pois a autora cumpriu sua missão em expor aos leitores deste site. Mas, o que me chamou atenção é a última parte sobre as questões levantadas acerca da atitude do governo dos Estados Unidos de usar as bombas:

"Será que realmente era necessário o uso de uma bomba nuclear? E será que valeu a pena sacrificar a vida de milhares de pessoas simplesmente por orgulho, e não aceitar se render? Por que o ser humano, para conseguir o que quer, tira a vida do próximo?"


Sim, Késia. Era necessário sim a bomba atômica.

Ao descarte do contexto da época qualquer um se espanta e crê que a ofensiva nuclear foi algo, digamos, "desnecessário, humilhante e ditatorial". Mas, convido-o a conhecer o contexto que levou a que parassem com a sanha imperialista japonesa.


Resumo: ascensão e queda do Japão Imperial

A chamada "Restauração Meiji" ocorrida no século XIX fez transformações em todos os níveis da sociedade japonesa nas áreas da política, economia, industrialização e, principalmente, na área militar. É verdade que o Japão ganhou um salto desenvolvimentista impressionante, mas gerou uma expansão territorial a custa de sangue estrangeiro. O Japão entrou em guerra com a Coreia (unida antes da divisão), a China e Rússia onde impôs uma derrota monumental as forças do Czar e fez a terra do sol nascente despontar como potência militar no início do século XX.

Além de atacar e dominar a Manchúria e se aliar aos ditadores Hitler e Mussolini, o Japão formou um grande império territorial com suas áreas de influência e nada indicava parar. Confira o tamanho da expansão japonesa:


Tamanho do então Japão Imperial. | Wikipédia em Português



A decisão de bombardear

O Japão teve, digamos, a audácia de atacar Pearl Harbor (EUA) e Darwin (Austrália). Isso mostra que o país não fazia distinção entre asiáticos e ocidentais. Os filmes Pearl Harbor e Austrália mostram que as forças imperiais estavam determinadas a expandir seu domínio. Aliás, o último filme citado mostra como os japoneses atacaram de surpresa o povo australiano:





A sanha incontrolável do Japão Imperial tinha de parar. O vídeo abaixo da Prager University (traduzido) em português mostra a decisão dos Estados Unidos em jogar as bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945. Lembre-se: AGOSTO! Se os alemães se renderam em MAIO, os americanos tiveram que tomar esta decisão levando-se em conta a determinação dos japoneses. Assista:






Não, de jeito nenhum quero pintar os americanos de "bonzinhos" e os japoneses de "vilões", mas deixar claro ao leitor que decisões políticas não se baseiam nos moldes de uma música hippie do John Lennon, mas nas intenções e interesses nas potências de cada nação. A guerra é feia, cruel, e sem toques de piedade. Mas com certeza seria pior se as potências do Eixo não fossem paradas. Não existe opção "C" nestes dilemas.

Até mais, pessoal. J-J



Por: Pedro Blanche

14 comentários :

  1. Interessante,conhecia boa parte histórica até o ataque a Pearl Harbor e sei que o ataque contra o Japão poderia ser evitado caso o mesmo cedesse.Mas o questionamento levantado sobre o fato na realidade era se foi necessário tirar tantas vidas assim,sei que guerra é guerra,e o cenário de terror é inevitável mas o certo seria o mínimo possível de cívis serem afetados e morrer pelo imperador não era prioridade de todos.Parabéns pelo texto e conhecimento histórico,muito bem escrito.
    Késia Ferreira

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    1. Boa tarde, Késia. Antes de prosseguir, espero não ter levantado algum sentimento negativo a minha pessoa. É por isso que me concentrei em esclarecer os motivos de a bomba atômica ser lançada pelos EUA. O Japão até hoje é acusado de crimes de guerra, incluindo o uso de chinesas como escravas sexuais, e isso era só a ponta do iceberg. Me admiro pela sua superioridade e sapiência em seu texto no JJ, por isso escrevi assim: "...Não entro no mérito do vídeo pois a autora cumpriu sua missão em expor aos leitores deste site." O importante é que os leitores do JOVEM JORNALISTA estão mais abastecidos de informação e eles são os grandes vencedores porque encontraram aqui uma excelente fonte de conhecimento. Abraços e continue a escrever por aqui porque se o Emerson aceitou publicar seus textos é porque ele viu um bom potencial em você. | PEDRO BLANCHE

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  2. É aquele ditado né... Aconteceu o que tinha que acontecer, resta agora nós aprendermos com os erros históricos.

    Beijão,
    Quase Mineira

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    1. Olhar para trás é importante para não pisar errado mais a frente. Beijos 'procê' também. | PEDRO BLANCHE

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  3. Foi uma loucura humana, tenha uma semana abençoada. obrigado pela visita.
    Blog: https://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com.br/
    Canal:https://www.youtube.com/watch?v=DmO8csZDARM

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  4. É sempre oportuno comparecer com informações que mostre como de fato as coisas acontecem.
    Cadinho RoCo

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  5. Great Post

    FOLLOW my Blog!!! Maybe we can follow each other!!!
    www.rimanerenellamemoria.de

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  6. Achei bem interessante e diferente a postagem, pois depois de ser bombardeado, o Japão se tornou a vítima, onde realmente não é;

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    1. Quando o Barack Hussein Obama visitou o Japão ele tomou muito cuidado em não "pedir desculpas", ou algo assim, porque o país na época imperialista fora o agressor e tem a questão dos veteranos de guerra norte-americanos que se sentiriam ultrajados e traídos se ele fizesse isso. Hoje o Japão é um importante aliado dos EUA e renasceu das cinzas com sucesso. E veja que em 2020 a próxima olimpíada será em Tóquio. Abraços! | PEDRO BLANCHE

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  7. Olá Pedro! Gostei muito de conhecer o seu blog. Me sinto triste ao ler sobre guerras e violência em geral, pois sei que quem mais sofre com as decisões dos poderosos são os pobres e pessoas sem apoio ou recursos. Se os próprio grandes sofressem diretamente as consequências dos seus atos acredito que tudo seria diferente.

    Abraços!
    http://barbaradoblog.com/

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    1. Olá, Bárbara. Obrigado por comentar. Infelizmente as guerras são assim, não sei se o fato de ter sido militar influi em minhas palavras, mas a vida é assim. Ah, o blog JOVEM JORNALISTA é de Emerson Garcia. Eu sou apenas um colaborador. Abraços para você também. | PEDRO BLANCHE

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