quinta-feira, 15 de abril de 2021

Entre Frames #40: #WHERESTHELOVE feat. The World - The Black Eyed Peas






Violência, ódio gratuito, guerra, discriminação e falta de amor. No clipe de hoje iremos questionar onde está o amor e o que leva ao desamor e ódio das pessoas. Esse é o Entre Frames de edição #40 em que farei uma análise da música e clipe #WHERESTHELOVE feat. The World do grupo The Black Eyed Peas. Lançado no dia 02 de setembro de 2016, o clipe é uma recriação da música de 2003 - 13 anos após o sucesso do hit. O clipe foi feito pela Interscope Geffen (A&M) Records A Division of UMG Recordings Inc e contou com toda a composição do grupo na época, artistas, músicos famosos e pessoas comuns. A sugestão do clipe de hoje foi do colaborador Thiago Nascimento.

Por meio de imagens em preto e branco, o clipe é um protesto contra a violência, principalmente nos EUA, e contra a guerra que se instaura no mundo. São apresentadas imagens emblemáticas de guerra em todo o mundo, muitas delas conhecidas e famosas, bem como são filmados o depoimento de pessoas que sofreram com a violência e a guerra em forma de verdadeiras poesias cantadas.

A beleza do clipe vai desde a mensagem, a estética preto e branco, até mesmo nos desabafos dos cantores, outros famosos e pessoas comuns. Visualmente falando, é um clipe que chama a atenção, mas talvez a letra da canção ganhe mais força, sendo um desabafo, um hino para fazer calar a onda de violência. No Entre Frames de hoje meu objetivo, claro, é analisar os aspectos visuais do clipe, mas, sobretudo, mergulhar na profundidade da letra. Desse modo, destacarei os momentos mais emblemáticos, analisando seu aspecto visual; mas também refletirei sobre a letra. Fique agora com o clipe, levando em consideração as imagens e a letra. 




Lindo o clipe né? Que tal irmos para as minhas considerações agora?

  

Aspecto visual

O clipe é todo em preto e branco, com mínimos detalhes em vermelho. Ao utilizar a paleta p&b a carga dramática e emotiva do vídeo torna-se mais acentuada. Além disso, ele ganha um tom mais sério, documental e realístico. Foram utilizados várias fotos jornalísticas de guerra, violência e confrontos, dando mais veracidade ao clipe. Imagens emblemáticas e fortes, que com certeza você reconhece e se lembra de ao menos uma delas. 

#WHERESTHELOVE traz várias personalidades famosas, como Fergie, will.I.am, apl.de.ap, Taboo, Nicole Scherzinger, Quincy Jones, Mary J. Blidge, Vanessa Hudgens, Snoop Dogg, LL Cool J, Justin Timberlake, Jaden Smith, Diddy, Mary J Blige, The Game, Andra Day, Tori Kelly, Ty Dollla Sign, DJ Khaled, A$sap Rock, Jamie Foxx, Jessie J e Usher (Não é difícil não identificar algumas ou a maioria delas). Além de famosos, o clipe ainda mostra pessoas que tiveram suas vidas afetadas pela violência armada nos EUA, pessoas do mundo inteiro de diferentes etnias que sofreram com a guerra. O clipe também contou com um coral infantil afinadíssimo, que deixou o produto ainda mais emocionante que deveria ser.

Falando de enquadramento, o clipe utiliza muito do centralismo e harmonia a cada cena apresentada. As pessoas, por sua vez, são filmadas sempre do busto para cima, enfocando mais no seu rosto e no que elas tem para dizer ou mostrar. Cada um desses indivíduos demonstraram uma carga dramática muito forte, aparecendo tristes, pensativos e desabafando por meio de frases. Várias delas usaram camisas com dizeres, enquanto outras seguraram fotografias, quadros e até mesmo placas com um símbolo de interrogação (Aqui o vermelho é percebido).

Os efeitos fade in, fade out, aproximação e distanciamento também foram utilizados durante o clipe. A edição também ousou em juntar frames e cenas uns atrás do outro, dando um efeito interessante.

O trabalho de iluminação e fotografia também é primoroso, ainda mais quando se utiliza a paleta p&b em conjunto com a luz e seus jogos. Aí sim que o vídeo torna-se mais bonito ainda.


Momentos mais emblemáticos

Como já adiantado anteriormente, o clipe é lindo e impactante visualmente falando, embora a letra ganhe mais força na propagação da mensagem. Como o quadro chama-se Entre Frames, é claro que não deixaria de destacar a análise dos frames e aspectos visuais do clipe, mesmo que minhas anotações do aspecto visual tenham sido menores do que de outros textos. O clipe possui 5:29, mas vocês perceberão que falarei pouco dos frames, pois acredito que nesse caso a mensagem seja muito mais incisiva que aspectos visuais. #WHERESTHELOVE, apesar de longo, apresenta imagens de certa forma repetitivas, que acredito que se tornaria maçante para destacar nesse post. Mas, como diz o título desse tópico, existirão, sim, momentos mais emblemáticos no clipe, e que fiz questão de destacar aqui.


A interrogação




O clipe inicia (0:00 - 0:02) com um símbolo de uma interrogação e a gravação de uma mulher que fala o nome da música (Só percebi a gravação na terceira vez que assisti ao clipe). A interrogação significa a dúvida e no clipe ela é utilizada para questionar onde o amor se encontra, em um mundo cada vez mais violento e em guerra.

As placas com o símbolo da interrogação aparece em outras partes, como quando é cantada a palavra "questioning" e surgem pessoas as segurando entre 0:43 - 0:44. Questionar é o mesmo que ter dúvidas e perguntar.

 



No final do clipe, quando surge um coral de crianças (5:03), o símbolo também surge mais uma vez. É quando as crianças seguram placas com a interrogação (5:19). O clipe é finalizado com um fade out (5:24) e com o símbolo de interrogação e créditos (5:25 - 5:29). O clipe é concluído praticamente com o mesmo frame, mostrando que a pergunta inicial não foi e nunca poderá ser respondida. 




Imagens e fotos jornalísticas

Não há como não ficar impactado com todas as imagens que são apresentadas. Há imagens chocantes dos atentados na Turquia e na Síria, embates entre negros e policiais nos EUA, guerras e violência. Entre 0:08 e 0:09 há uma imagem famosa de uma criança síria morta na costa da praia.





Em 4:59 mais uma imagem emblemática de uma criança síria perplexa ferida. Não há como não se emocionar. 



Entre 1:20 e 1:40 há uma sequência de imagens quando o trecho fala de discriminação, de desigualdade racial e ódio. A sequência traz imagens de mãos  escrito 'skinhead', pessoas de diferentes cores e etnias e orientações sexuais. 




A próxima imagem que destaquei é de uma criança que chora no colo da mãe com um pacote de biscoitos (0:13 - 0:14). 




Confrontos policiais norte-americanos também são retratados por meio de imagens, como de um homem negro bradando em frente à um batalhão policial (0:31 - 0:32) e uma mulher pacífica em frente aos policiais (4:16 - 4:17). 








Seguindo os momentos emblemáticos estão ainda a criança desesperada no meio de uma multidão aflita e mortos (0:52); homem segurando uma criança ferida em um cenário de guerra (0:54); e uma mulher árabe estirada no chão e pessoas ao redor (1:05). 











Em 1:17 uma mulher negra segura um quadro de um homem escrito #AltonSterling. Alton Sterling foi um homem negro morto em 5 de julho de 2006, quando ele foi baleado diversas vezes após ser derrubado por oficiais brancos em Baton Rouge, Louisiana, em um episódio horrível de violência e racismo. 




As imagens do clipe são emocionantes, como a de uma mulher islâmica com os olhos cheios de lágrimas (2:25). 




Em 4:37 e 4:38 aparece um homem negro com as mãos estendidas, como se fosse um criminoso, com o intuito de retratar a discriminação e o mote "mate o negro e pergunte depois".



Entre 4:39 e 4:58 os integrantes da banda aparecem reunidos cantando trechos da música. 





Ideia do clipe 



O clipe teve o intuito de expor a violência e questionar onde estaria o amor. Em entrevista, will.I.am falou que quando os ataques em Paris aconteceram, ele ouvia das pessoas "Precisamos de 'Where is the love' de novo". Foi então que ocorreram ataques na Bélgica, Turquia, Orlando e Dallas e as pessoas disseram para os integrantes da banda: "precisamos dessa música de novo"

A música foi lançada pela primeira vez em 2003 e seu relançamento serve como manifesto da campanha de Hillary frente aos constantes tiroteios policiais em Baton Rouge, Minnesota, Dallas e outras cidades. O clipe é uma súplica de paz pelos diversos atentados terroristas que acontecem pelo mundo.

A versão de 2016 faz parte de uma campanha beneficiente da i.am.angel, criada por um dos componentes do The black eyed peas, Will.I.am. Essa instituição tem o objetivo de ajudar as crianças pobres dos EUA. O dinheiro arrecadado com clipe foi designado para os refugiados do Oriente Médio e vítimas da violência contra negros e com armas de fogo nos EUA. 

O clipe ainda apoia a paz e apresenta uma mensagem de esperança e amor para o mundo. Também ressalta a importância dos jovens na sociedade atual e, principalmente, da juventude, pois esta possui um poder incrível e a capacidade de modificar situações e cenários. Will.I.am disse o seguinte:

“Você tem a voz, você tem o direito de fazer uma mudança nesse momento do tempo. Espero que essa música inspire os jovens para saírem de casa, gritarem do topo da maior montanha e cuidar como se sua liberdade dependesse disso.”


Em outras palavras, #WHERESTHELOVE é um hino, um grito, um anseio para dias de paz e amor. Qualquer um tem a capacidade de reivindicar isso e mudar a realidade, sobretudo os jovens. 


Letra impactante

A letra foi escrita por Will.I.am, Taboo, Apl.de.ap, Justin Timberlake, Ron Fair, P. Board, G.Pajon Jr, M.Fratantuno e J.Curtis. A letra tem como objetivo reverberar o tema pacifista em um ambiente de guerra, violência e confronto. As frases discutem diversos problemas sociais, políticos e relacionais, não se limitando ao terrorismo, hipocrisia do governo dos EUA, racismo, guerras e intolerância.

O clipe se inicia com o refrão, que diz:

"People killing, people dying

(Pessoas matando, pessoas morrendo)

Children hurt and you hear them crying

(Crianças machucadas e você as ouve chorando)

Can you practice what you preach?

(Você consegue praticar o que você prega?)

And would you turn the other cheek?

(E você viraria a outra face?)

Father, Father, Father, help us

(Pai, Pai, Pai, nos ajude)

Send some guidance from above

(Mande uma orientação dos céus)

‘Cause people got me, got me questioning

(Porque as pessoas me deixam, me deixam perguntando)

Where’s the love? (love)

(Onde está o amor? (amor))

Where’s the love? (the love)

(Onde está o amor? (o amor))

Where’s the love? (the love)

(Onde está o amor? (o amor))

Where’s the love, the love, the love?"

(Onde está o amor, o amor, o amor?)


O refrão descreve perfeitamente um cenário de guerra, violência e intolerância. Ele ainda faz uma crítica aos hipócritas que pregam sobre o amor, mas não sabem vivenciá-lo. O que há na prática é a disseminação da violência contra as pessoas inofensivas e de bem. Daí o letristra se pergunta "Where's the love?", mas ele sabe que dificelmente o encontraria.

Daí a música vai para o seu primeiro coro, que diz o seguinte:

"What’s wrong with the world, mama?

(O que há de errado com o mundo, mamãe?)

People living like they ain’t got no mamas

(Pessoas vivendo como se não tivessem mães)

I think the whole world addicted to the drama

(Eu acho que o mundo todo é viciado em drama)

Only attracted to things that’ll bring you trauma

(Apenas atraídos a coisas que trazerão trauma)


Overseas, yeah, we try to stop terrorism

(No exterior, sim, nós tentamos parar o terrorismo)

But we still got terrorists here living

(Mas ainda temos terroristas vivendo aqui)

In the USA, the big CIA

(Nos EUA, a grande CIA)

The Bloods and The Crips and the KKK"

(Os Bloods e os Crips e os KKK)


Uma parte doída e reflexiva. Será que as pessoas que praticam e disseminam a violência possuem mães, que aqui seria um símbolo de amor, proteção e cuidado?! O letrista então compara o terrorismo no mundo com o dos EUA, criticando que se faz de tudo para promover a paz pelo mundo, mas esquece de fazer o mesmo em território nacional. O letrista, portanto, revela que há muitas pessoas maldosas e terroristas vivendo em solo americano e faz uma crítica à CIA, The Bloods, The Crips e os KKK (Ku Klux Klan), que apesar de possuírem o dever de proteger, acaba por agir com violência contra as pessoas de bem.

Partimos então para o segundo coro, que vai falar de discriminação racial, ódio gratuito e da tentativa de deixar o amor fluir. Acompanhe:

"But if you only have love for your own race

(Mas se você só tem amor pela sua própria raça)

Then you only leave space to discriminate

(Então você só deixa espaço para discriminar)

And to discriminate only generates hate

(E discriminar só gera ódio)

And when you hate then you’re bound to get irate, yeah

(E quando você odeia então você está fadado a ficar irado, é)


Madness is what you demonstrate

(Loucura é o que você demonstra)

And that’s exactly how anger works operates

(E é assim que a raiva funciona, opera)

Man, you gotta have love just to set it straight

(Cara, você precisa ter amor só pra deixar isso certo)

Take control of your mind and meditate

(Tomar controle de sua mente e meditar)

Let your soul gravitate to the love, y’all, y’all"

(Deixe sua alma gravitar para o amor, galera, galera)


Para mim essas são as estrofes mais impactantes da música. O letrista fala que o amor pela própria raça, gera a discriminação e a discriminação o ódio. Está aí, em poucas linhas, a origem do ódio: o amor próprio, em detrimento do outro! Daí o letrista vai falar como a raiva opera, mas que você não precisa ser dominado por ela, bastando deixar "sua alma gravitar para o amor". Sim! A solução para a discriminação, ódio e uma série de outras coisas é o amor, basta deixá-lo fluir. O problema é que atualmente tem se verificado a falta desse sentimento tão nobre na sociedade.

No terceiro coro, o letrista fala sobre a insanidade percebida no mundo, sobre a força do amor, mas também a força da guerra e do ódio. Acompanhe:

"It just ain’t the same

(Simpllesmente não é o mesmo)

Always in change

(Sempre em mudança)

New days are strange

(Novos dias são estranhos)

Is the world insane?

(O mundo é insano?)


If love and peace is so strong

(Se amor e paz é tão forte)

Why are there pieces of love that don’t belong?

(Por que existem pedaços do amor que não pertencem?)

Nations dropping bombs

(Nações jogando bombas)

Chemical gasses filling lungs of little ones

(Gases químicos enchendo os pulmões dos pequeninos)

With ongoing suffering as the youth die young"

(Com sofrimento contínuo enquanto a juventude morre jovem)


É interessante porque o letrista fala do amor, mas fala que este está em pedaços, pois nações jogam bombas, gases químicos acabam com os pulmões das crianças, o sofrimento é contínuo e a juventude morre jovem. Nessas linhas se faz uma crítica às indústrias químicas, aos artefatos de guerra e a industrialização.

Partimos para o quarto coro traz algumas indagações e reflexões interessantes:

"So ask yourself

(Então se pergunte)

Is the loving really gone?

(Amar realmente acabou?)

So I could ask myself

(Então eu posso me perguntar)

Really what is going wrong?

(Realmente o que está dando errado?)


In this world that we living in

(Nesse mundo onde vivemos)

People keep on giving in

(As pessoas continuam cedendo)

Making wrong decisions

(Tomando decisões erradas)

Only visions of them dividends"

(Apenas visões dos dividendos)


O letrista não sabe responder onde estaria o amor, mas vaticina o por que o amor não existe mais e em que circunstâncias ele evaporou: "As pessoas continuam cedendo Tomando decisões erradas Apenas visões dos dividendos".

A quinta parte mostra como o mundo se encontra sem o amor:

"Not respecting each other

(Sem respeitar um ao outro)

Deny the brother

(Negam o irmão)

A war is going on

(Uma guerra está acontecendo)

But the reason’s undercover

(Mas o motivo está acobertado)


The truth is kept secret

(A verdade é mantida em segredo)

It’s swept under the rug

(É varrida para debaixo dos panos)

If you never know truth

(Se você nunca conhecer a verdade)

Then you never know love"

(Então você nunca conhece o amor)


É interessante que o letrista relaciona o amor à verdade. E quem seria a verdade? DEUS, porque Ele é o AMOR e este último lança fora todo O MEDO. Agora entende porque as pessoas estão aflitas e com medo? Porque elas não conhecem a verdade e tão pouco o amor. As consequências da violência e da guerra só poderiam ser a extinção do amor na vida das pessoas e sua substituição pelo medo. Os indivíduos encontram-se sem amor e com medo de viver a vida livremente, de sair de suas casas (E não me venha dizer que o medo das pessoas é exclusivamente por conta da COVID-19, pois elas já estavam assim antes dessa pandemia toda). Esses são os resultados da guerra e violência no mundo inteiro. 

O sexto coro é uma continuação dos anteriores, quando o letrista se pergunta onde estão o amor e a verdade. 

"Where’s the love? Y’all, come on

(Onde está o amor? Galera, vamos lá)

(I don’t know)

((Eu não sei))

Where’s the truth? Y’all, come on

(Onde está a verdade? Galera, vamos lá)

(I don’t know)

((Eu não sei))

Where’s the love? Y’all"

(Onde está o amor? Galera)


A letra então vai repetir o refrão, até que passa para o sétimo coro. Leia:

"I feel the weight of the world on my shoulders

(Eu sinto o peso do mundo em meus ombros)

As I’m getting older, y’all, people gets colder

(Conforme eu envelheço, galera, as pessoas ficam mais frias)

Most of us only care about money making

(A maioria de nós só liga para fazer dinheiro)

Selfishness got us following our wrong direction

(Egoísmo nos faz seguir na direção errada)


Wrong information always shown by the media

(Informação errada sempre mostrada pela mídia)

Negative images is the main criteria

(Imagens negativas são o critério principal)

Infecting the young minds faster than bacteria

(Infectando as jovens mentes mais rápido do que bactérias)

Kids wanna act like what they see in the cinema"

(Crianças querem agir como o que veem no cinema)


O trecho então vai falar de relacionamento interpessoal, falando que as pessoas estão mais frias por conta da falta de amor, egoístas, superficiais. O trecho também fala das imagens negativas da mídia que infectam os jovens de uma forma destrutiva e induzem as crianças à agirem como em um conto de fadas.

O oitavo coro apresenta mais indagações e críticas.

"Yo’, whatever happened to the values of humanity

(Yo, o que aconteceu com os valores da humanidade)

Whatever happened to the fairness in equality

(O que aconteceu com a justiça em igualdade)

Instead in spreading love we spreading animosity

(Ao invés de espalhar amor estamos espalhando animosidade)

Lack of understanding, leading lives away from unity

(Falta de entendimento, levando vidas para longe da unidade)


That’s the reason why sometimes I’m feeling under

(É por isso que às vezes me sinto mal)

That’s the reason why sometimes I’m feeling down

(É por isso que às vezes me sinto pra baixo)

There’s no wonder why sometimes I’m feeling under

(Não é surpresa que eu às vezes me sinta mal)

Gotta keep my faith alive till love is found

(Preciso manter minha fé viva até o amor ser encontrado)

Then ask yourself

(Então se pergunte)


Where’s the love?

(Onde está o amor?)

Where’s the love?

(Onde está o amor?)

Where’s the love?

(Onde está o amor?)

Where’s the love?"

(Onde está o amor?)


Uma frase que chama a minha atenção no trecho é "Ao invés de espalhar amor estamos espalhando animosidade". Só espalhamos a animosidade porque estamos reféns do medo por conta das guerras, intolerância e violência e desprovidos de amor. Só podemos compartilhar aquilo que temos e, sinto informar, não estamos tendo nenhum pouco de amor, porque somos bombardeados de notícias ruins e o mundo é uma selva, meu amigo.

Com isso, a música repete parte do refrão e parte para a última ou nona parte, que diz o seguinte:

"Sing with me y’all (one world, one world)

(Cante comigo galera (um mundo, um mundo))

We only got (one world, one world)

(Nós só temos (um mundo, um mundo))

Thats all we got (one world, one world)

(Isso é tudo que temos (um mundo, um mundo))

Something’s wrong with it (yeah)

(Algo está errado com ele (sim))

Something’s wrong with it (yeah)

(Algo está errado com ele (sim))

Something’s wrong with the wo-wo-world, yeah

(Algo está errado com o mundo, sim)

We only got (one world, one world)

(Nós só temos (um mundo, um mundo))

Thats all we got (one world, one world)"

(Isso é tudo que temos (um mundo, um mundo))


Nós só temos o mundo e ele deveria ser um lugar cuidado, não destruído pelas guerras, intolerância, discriminação e falta de amor. Mas infelizmente esse meu desejo é utópico, pois o que percebemos é uma indiferença com a vida humana e o crescimento do egoísmo. Quão incrível seria que pudéssemos reencontrar o amor e viver a verdade, que é Deus/Jesus Cristo, em nossas vidas!


Música


#WHERESTHELOVE foi lançada originalmente no ano de 2003 como single principal do terceiro álbum do grupo chamado Elephunk. Ela foi a música que marcou a estreia de Fergie no grupo e fez muito sucesso nas rádios, chegando à oitava posição na Billboard Hot 100 na época de seu lançamento. A música é gostosa de se ouvir e possui um ritmo envolvente. 


Gostaria de saber onde se encontra o amor em relação ao garoto Henry, à George Floyd, à João Pedro e tantos outras pessoas que tiveram suas vidas ceifadas de forma banal. É claro que não tenho essa resposta e, com certeza, jamais irei tê-la. E o que posso fazer?! É impactar às pessoas ao meu redor com o pouco amor que tem dentro de mim. É pouco, mas já seria suficiente.

Esse foi o Entre Frames de hoje. Até o próximo! J-J
















Por: Emerson Garcia

14 comentários :

  1. Muito boa a análise. Gosto muito das análises de clipe que faz por aqui. Esse ainda não tinha assistido, mas gostei.

    https://www.biigthais.com/

    Beijoos ;*

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  2. Acho que nunca tinha assistido esse clipe, as imagens são realmente muito fortes e tristes. :(
    Bela análise Emerson!

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  3. Adorei a análise, essa música é tão maravilhosa e com uma mensagem tão poderosa. Adorei poder descobrir cada detalhe
    beijos
    https://www.dearlytay.com.br/

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  4. Que análise tão bem feita e aprofundada da música. Os meus parabéns!

    Na verdade o vídeo e a música são lindos e a mensagem muito importante e actual.

    Obrigada pela partilha,
    Vanessa Casais
    https://primeirolimao.blogspot.com/

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  5. Análise incrível. Parabéns. Abraço!


    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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  6. Caramba, The Black Eyed Peas, adoro eles!

    https://www.heyimwiththeband.com.br/

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  7. Agitador de consciências! Muito bom!
    xoxo

    marisasclosetblog.com

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  8. Oi Emerson. A foto do menino na praia nunca esqueci.

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  9. Que analise maravilhosa, essa música nunca foi tão atual quanto agora

    Beijos
    www.pimentadeacucar.com

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  10. Amo essa música, mas não conhecia essa versão. Muito bonita.

    Beijos/Kisses.



    Anete Oliveira

    Blog Coisitas e Coisinhas

    Fanpage

    Instagram

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  11. Oi meu querido! Realmente é um clipe muito bem produzido, nos traz grandes reflexões sobre a humanidade e seus atos.
    Gostaria de pedir que analise o clipe we believe da banda good Charlotte pq a postagem me fez lembrar dele.

    Beijos,
    Paloma Viricio 💙💫

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  12. OI Émerson, o clipe é bem forte e ser P&B realmente deixa mais dramático e emotivo. O coral das crianças emociona.
    Gosto muito das suas análises, me despertam um olhar que eu não tenho naturalmente.
    beijos
    Chris


    Inventando com a Mamãe / Instagram  / Facebook / Pinterest

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  13. Um tema desta banda, que ainda não conhecia, e que adorei conhecer de forma bem pormenorizada, por aqui! Fantástica postagem!
    Um grande abraço!
    Ana

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