sábado, 15 de junho de 2024

Rádio Bagaralho: Programa 'Entrevista musical' #19 - Valéria



Olá ouvintes da Rádio Bagaralho FM (Rádio Bagaralho, a rádio do... povo). Aqui quem fala é o locutor Arthur Claro, aquele que é igual porém diferente. Hoje o programa é uma entrevista com a Valéria do blog L'avion Rose.


Arthur: Você se lembra de alguma música infantil que é comum de Portugal?

Val: Na época ensinavam às crianças músicas populares, de roda, como Rosa arredonda a saia e Tia Anica de Loulé. As letras eram fáceis, com rimas, e as músicas alegres.






Arthur: Tem alguma música portuguesa que você goste?

Val: Em termos de música portuguesa nunca tive um intérprete ou intérpretes preferidos, mas admiro muito os fadistas atuais, que “ modernizaram” o fado, conservando a sua poesia mas cantam-no de uma forma mais alegre. Sentida, como o fado sempre foi, mas mais jovial. Até na própria aparência, não se apresentando mais da forma austera, de vestes escuras, como antigamente.  Aprecio particularmente a Mariza, a Carminho e outros.



Arthur: Na sua juventude, o que você costumava ouvir?

Val: A banda de rock Xutos e Pontapés marcou muito minha juventude. Quando jovem, morando ainda com meus pais, óbvio que eles como brasileiros, ouviam Chico, Gal, Caetano, Roberto Carlos, Alcione e eu absorvia isso também, e até gostava. Apreciava particularmente o Chico pela seu engajamento. Em 1974 o estado autoritário caiu e veio a liberdade e o socialismo aqui em Portugal, as músicas de Chico foram fundamentais nessa época e ali na minha adolescência me identifiquei muito com as suas letras.



Arthur: O que você costuma ouvir?

Val: Pois. Eu não sou muito ligada a música, tenho minhas preferências, mas praticamente só ouço clássicos. Como estudei numa escola francesa durante 15 anos, gosto muito de Dalida, Joe Dassin, Carla Bruni, Serge Gainsbourg, Claude François. É o que tenho no meu Ipod, e também de pops dos anos 80, ou seja bandas e intérpretes atuais. Vou ouvindo porque passa na rádio, mas não os conheço bem.




Arthur: Você disse que apreciava Chico Buarque, me diga uma música dele que é bem significativa pra você. Não precisa dizer o motivo.

Val: Sem dúvida, Tanto Mar. Fala da revolução dos cravos (a revolução de 1974  que levou à queda da ditadura). Eu só tinha 9 anos na época mas os anos que se seguiram à revolução foram intensos e moldaram a mente dos jovens. Tanto mar fala sobre a festa dos cravos. Tem outras lindas também, como Bárbara e Beatriz, mas a música Tanto Mar foi muito galvanizadora.




Arthur: Tem algum filme que você goste da trilha sonora?

Val: Há filmes que têm trilhas lindas. Ainda ontem acabei de ver uma minissérie na Netflix Portugal chamada One day, todas as músicas eram lindas, apesar de eu não conhecer nenhuma. O filme Me before you também posso citar. E já agora, quando casei há 33 anos, Let the river run cantada por  Carly Simon no filme Working girl com Harrison Ford e Melanie Griffith, foi interpretada por um coro de 30 pessoas na igreja. Por não ser uma música religiosa, tive na época dificuldades em que a Igreja aceitasse, mas consegui e o coro cantou uma versão lindíssima e inesquecível.




Arthur: Qual música você acha que combina com você e o seu marido?

Val: Não temos uma música nossa. Mas quando o conheci, estava na berra Nothing compares 2U da Sinead O’ Connor, e sempre que ouço me lembro de 1990 e do nosso  do início de vida em comum.



Arthur: Se você pudesse fazer uma pergunta para uma pessoa que você admira, o que você queria saber do estilo musical dela?

Val: Admiro várias pessoas pelos seus alcances na vida, umas conhecidas, outras nem tanto, mas como sou leitora voraz, vou escolher duas autoras que gosto bastante: Isabel Allende e Jodi Picoult. De idades e backgrounds diferentes, mas ambas extremamente criativas nas suas escritas, gostaria de saber não só o que ouvem, mas se escutam música enquanto leem ou escrevem e se a música as inspira de alguma forma no processo de escrita dos seus livros. Já que para mim, ler e escrever, só no mais absoluto silêncio!



Arthur: Em uma reunião de amigos e familiares, que música não pode faltar?

Val: O fundo musical de uma reunião de amigos ou familiares vai depender muito do tipo de encontro. Se for um evento mais simples e quieto, em casa, pouca gente, penso que Música Popular Brasileira e Portuguesa cai sempre bem e agrada à generalidade dos presentes. Agora, se for festa noturna, com dança e animação, pop dos anos 80, sem dúvida!




Arthur: Você gostou da entrevista? Sugira uma música para os nossos ouvintes.

Val: Adorei a entrevista. Não é fácil pra mim falar de música, pois além de ouvir pouca, sou conservadora nos meus gostos e o meu Ipod está cheia de músicas antigas, algumas pouco comerciais, mas foi muito bom refletir sobre o assunto. Sugiro La vie en Rose. Gosto de toda e qualquer versão, mas a versão pop cantada pela Grace Jones é imbatível!







Queridos ouvintes, quero agradecer a todos e espero que continuem ouvindo a Rádio Bagaralho. Vocês também podem ser entrevistados para esse quadro se manifestarem o desejo. Um bom fim de semana repleto de felicidades. Beijos e abraços. J-J


Por: Arthur Claro

4 comentários :

  1. Adoro. Sempre acabamos conhecendo um pouco dos gostos musicais pela entrevista :)

    www.vivendosentimentos.com.br

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  2. Cada um tem suas preferências musicais, mas me identifiquei com a entrevistada quando ela falou que tinha muitas músicas antigas no ipod. Beijos!

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  3. Musicas maravilhosas .Parabéns por estas escolhas

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